El poeta Ruy Ventura mandó esta carta hace meses: "Como é do seu conhecimento, em 2025 comemoram-se os 800 anos do chamado "Cântico das Criaturas", criado por São Francisco de Assis. No decurso dessa efeméride, assumi a responsabilidade de organizar uma antologia poética de autores portugueses e do espaço ibero-americano, destinada a recordar e actualizar esse poema que, ainda hoje, nos acalenta, desafia e incomoda.
A edição estará a cargo da Officium Lectionis (Porto) e terá o apoio da Ordem dos Frades Menores e de outras congregações da Família Franciscana.
A cada um dos poetas é pedido um poema inédito que recrie livremente o "cântico" de São Francisco ou faça o seu comentário.
Neste sentido, seria uma honra para nós podermos contar com um poema seu. Convido-o, assim, a estar presente nesta antologia, que procura não só comemorar, mas também demonstrar quão actual continua o poema do Poverello.
Caso esteja ao seu alcance, o texto deverá ser-me enviado até à primeira semana de Fevereiro.
Agradeço desde já - e muito - a sua resposta, seja ela qual for.
Bem haja!
Muito cordialmente, desejando-lhe paz e bem!".
A edição estará a cargo da Officium Lectionis (Porto) e terá o apoio da Ordem dos Frades Menores e de outras congregações da Família Franciscana.
A cada um dos poetas é pedido um poema inédito que recrie livremente o "cântico" de São Francisco ou faça o seu comentário.
Neste sentido, seria uma honra para nós podermos contar com um poema seu. Convido-o, assim, a estar presente nesta antologia, que procura não só comemorar, mas também demonstrar quão actual continua o poema do Poverello.
Caso esteja ao seu alcance, o texto deverá ser-me enviado até à primeira semana de Fevereiro.
Agradeço desde já - e muito - a sua resposta, seja ela qual for.
Bem haja!
Muito cordialmente, desejando-lhe paz e bem!".
La antología acaba de salir, reúne cuarenta poemas de otros tantos poetas provenientes de tres continentes y dos lenguas, se abre con una versión del poema del santo debida al propio Ruy Ventura y un epílogo también suyo titulado "Francisco de Assis: uma língua, uma voz de fogo".
Los interesados en adquirir el libro pueden enviar un e-mail a la dirección: officiumlectionis@gmail.com
Mi contribución, en fin, ha sido ésta:
FRANCISCANA
el agua y la poesía.
Porque ésta
–diré con el de Asís–,
igual que aquélla,
es «útil, casta, humilde».
Su utilidad es la de algo
que no es sólo rentable
en artes mercantiles,
que es como decir
lo más valioso.
Su castidad, la del origen
del término latino del que emana:
lo honesto, puro y continente.
Lo limpio, íntegro y entero.
Ese fruto en sazón de la modestia.
Y sí, de la humildad
proceden ambas.
Y del conocimiento
de las limitaciones.
Y de la percepción
de las debilidades.
De cuanto al fin te obliga
a obrar en consecuencia.
«Preciosa en su candor»,
como la definió León Felipe.
El agua, la poesía.
NOTA. Ilustra esta entrada el cuadro "San Francisco de Asís en éxtasis", de Anton van Dyck, que se conserva en el Museo del Prado.